No Cariri Cearense, Lula culpa Temer por fracasso de usina de biodiesel
A caravana Lula pelo Brasil encerrou na quarta-feira (30/08), na região do Cariri, em sua passagem pelo Ceará, onde o ex-presidente recebeu a medalha Bárbara de Alencar; o título de doutor honoris causa da Universidade Regional do Cariri (Urca) e o Titulo de Cidadão Salitrense pelas mãos do prefeito de Salitre Rondilson Ribeiro (PT) e do presidente da Câmara Ronaldo Pereira (PSB) e ainda participou de ato público. Pela manhã, ele visitou a Usina de Biodiesel de Quixadá.
Construída na gestão Lula, a usina de biodiesel, em Quixadá, acabou desativada para conter prejuízos, depois da estatal decidir sair do setor de biocombustíveis.
Em discurso, Lula disse que a usina fechou porque o governo “olha para os pobres e não vê pessoas, vê números”. Mas pediu aos militantes para “não perder a esperança”. “Nós não vamos sossegar enquanto não reabrir essa usina”, disse ele.
A declaração rebate as críticas feitas ao ex-presidente de que a implantação da usina teria sido um desperdício por não ter garantido a matéria-prima, que originalmente tratava da mamona.

Lula disse, ainda, que a construção da usina tinha como objetivo: a “combinação perfeita” entre agricultura familiar e o trabalhador da cidade. “A nossa ideia e o nosso sonho, quando construímos essa empresa, era fazer a combinação perfeita entre agricultura familiar e o trabalhador da cidade, para que essa usina pudesse produzir energia renovável”, reagiu o ex-presidente, que inaugurou a usina em 2008. Na época, aproximadamente nove mil agricultores familiares faziam parte do programa da Petrobras de suprimento agrícola e produziam oleaginosas numa área total superior a 19 mil hectares em seis estados do semiárido brasileiro.
Sem lucro
Já o prefeito de Quixadá, Ilário Marques (PT), destacou a importância da usina para economia da cidade e afirmou que o fechamento da empresa se deu devido a falta de lucratividade. “Mais de 30 mil agricultores produziam mamona e vendiam para a Petrobras para fazer biodiesel. Empregava também 800 catadores de lixo e 300 piscicultores. Empregou cinco mil na construção e durante o pico tinha mais de mil empregados. A Petrobras, através do governo golpista, fechou porque a matéria-prima vinha de muito longe e não dava lucro”, pontuou.
Já o prefeito de Quixadá, Ilário Marques (PT), destacou a importância da usina para economia da cidade e afirmou que o fechamento da empresa se deu devido a falta de lucratividade. “Mais de 30 mil agricultores produziam mamona e vendiam para a Petrobras para fazer biodiesel. Empregava também 800 catadores de lixo e 300 piscicultores. Empregou cinco mil na construção e durante o pico tinha mais de mil empregados. A Petrobras, através do governo golpista, fechou porque a matéria-prima vinha de muito longe e não dava lucro”, pontuou.
Realidade
Na prática, apesar do projeto, a usina de Quixadá nasceu já usando soja ao invés de mamona. É o que mostra a reportagem do jornal Diário do Nordeste, publicada em maio de 2013. A matéria destaca que “a soja pode não ter entrado na matriz principal do Programa Nacional, mas é, hoje, a principal matéria-prima para a produção de biodiesel na Usina de Quixadá, conforme o diretor da unidade, Marcos Saldanha”. “A mamona tem que ter preços competitivos em relação a outras oleaginosas. Hoje, o quilo da mamona em baga (sem casca) está em torno de R$ 1,14. A soja a gente compra por um preço menor, mais competitivo. É um óleo mais barato, embora chegue um pouco mais caro para a gente, por causa do transporte”, destaca, acrescentando que o óleo da soja vem de diversas regiões do País.
Na prática, apesar do projeto, a usina de Quixadá nasceu já usando soja ao invés de mamona. É o que mostra a reportagem do jornal Diário do Nordeste, publicada em maio de 2013. A matéria destaca que “a soja pode não ter entrado na matriz principal do Programa Nacional, mas é, hoje, a principal matéria-prima para a produção de biodiesel na Usina de Quixadá, conforme o diretor da unidade, Marcos Saldanha”. “A mamona tem que ter preços competitivos em relação a outras oleaginosas. Hoje, o quilo da mamona em baga (sem casca) está em torno de R$ 1,14. A soja a gente compra por um preço menor, mais competitivo. É um óleo mais barato, embora chegue um pouco mais caro para a gente, por causa do transporte”, destaca, acrescentando que o óleo da soja vem de diversas regiões do País.
Fora do roteiro
Durante a passagem da caravana, Lula fez uma parada fora do roteiro previsto. Ao passar por Banabuiú, o ex-presidente parou para cumprimentar moradores que o aguardavam na estrada. Em poucas palavras, Lula mais uma vez teceu críticas ao atual governo e lembrou que, antes de chegar a Presidência, o Nordeste era segregado e conhecido pela seca e pobreza dos agricultores, mas, agora, vivenciava outra realidade.
Durante a passagem da caravana, Lula fez uma parada fora do roteiro previsto. Ao passar por Banabuiú, o ex-presidente parou para cumprimentar moradores que o aguardavam na estrada. Em poucas palavras, Lula mais uma vez teceu críticas ao atual governo e lembrou que, antes de chegar a Presidência, o Nordeste era segregado e conhecido pela seca e pobreza dos agricultores, mas, agora, vivenciava outra realidade.
“Minha geração não acreditava que o filho de um agricultor pudesse ser engenheiro agrônomo, que o filho de uma empregada seria médico. Hoje, a gente provou que é possível melhorar a vida de todos, do povo mais pobre”, disse ele, acrescentando “ não deixem de sonhar e podem acreditar que, esteja onde estiver, esse nordestino aqui vai continuar defendendo vocês”.
Plano B
Na noite anterior, Lula falou sobre as eleições do próximo ano. Embora, durante a caravana, venha se apresentando como candidato único do PT, ele deixou escapar que “se eu não puder ser candidato, a gente vai arrumar alguém para ser”. Correligionários, porém, negam que haja um plano B.
Na noite anterior, Lula falou sobre as eleições do próximo ano. Embora, durante a caravana, venha se apresentando como candidato único do PT, ele deixou escapar que “se eu não puder ser candidato, a gente vai arrumar alguém para ser”. Correligionários, porém, negam que haja um plano B.
Caravana
Petistas cearenses acompanham a passagem do ex-presidente. É o caso do governador Camilo Santana (que participou das atividades em Quixadá e no Crato), e dos deputados federais Luizianne Lins e José Guimarães, além de parlamentares estaduais, vereadores e dirigentes da legenda.
Petistas cearenses acompanham a passagem do ex-presidente. É o caso do governador Camilo Santana (que participou das atividades em Quixadá e no Crato), e dos deputados federais Luizianne Lins e José Guimarães, além de parlamentares estaduais, vereadores e dirigentes da legenda.
Com informações do OE e DN
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