Fachin suspende inquérito contra Temer até o fim do mandato
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu
nesta quinta-feira (10) suspender a tramitação da denúncia da
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer.
A decisão foi tomada após a Câmara dos Deputados rejeitar o pedido de
autorização para abertura da ação penal, na semana passada.
Depois
Com a decisão, a denúncia ficará suspensa até o fim do ano que vem,
quando o presidente deixará o mandato e poderá voltar a ser investigado
na primeira instância da Justiça ou novamente no Supremo, se assumir
algum cargo com foro privilegiado no governo federal.
Loures
No caso do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que também foi
denunciado, ele responderá às acusações acusações na primeira instância
da Justiça Federal em Brasília.
Constituição
A autorização prévia da Câmara para processar o presidente da República está prevista no Artigo 86 da Constituição: “Admitida
a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara
dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado
Federal, nos crimes de responsabilidade”.
Denúncia
No mês passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
denunciou o presidente Michel Temer ao Supremo pelo crime de corrupção
passiva. A acusação está baseada nas investigações iniciadas a partir do
acordo de delação premiada da JBS. O áudio da conversa gravada pelo
empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa, com o presidente,
em março, no Palácio do Jaburu, também é uma das provas usadas no
processo.
Preso
O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) também foi
denunciado pelo procurador pelo mesmo crime. Loures foi preso no dia 3
de junho por determinação do ministro Edson Fachin. Em abril, Loures foi
flagrado recebendo uma mala contendo R$ 500 mil, que teria sido enviada
pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Defesa
Durante a investigação, a defesa de Temer questionou a legalidade das
gravações e os benefícios concedidos ao empresário Joesley Batista pela
PGR na assinatura do acordo de delação premiada.
Com informações da Abr
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